terça-feira, 12 de junho de 2012

Que tipo de leitores queremos formar?


Quando pensamos em acervos literários, logo vem a cabeça uma biblioteca repleta de títulos, e volume dos mais variados temas. O que não deixa de ser uma verdade, porém quando falamos em acervo literário em ambientes educacionais, temos que ter cuidado ao se montar uma estrutura como essa sem levar em consideração qual o tipo de leitor que queremos formar. leitores comprometidos com a literatura e com sua capacidade de ampliar horizontes e visões de mundo ou somente leitores automatizados? É preciso também que o professor ou do mediador da leitura, tenha um um real envolvimento e compromisso com o livro e a com literatura. É fundamental que esse professor, ou mediador, , entenda a literatura além da didática, que ele seja um conhecedor das formas e maneiras que a leitura se desenvolve na vida dos leitores, e saiba como esse processo se dá em um ambiente educacional. Colasanti, em um trecho de sua obra fala:
A pergunta contém em si parte da resposta. Pois, ao falarmos de literatura, pressuponho  que já tenhamos descartado a grandíssima maioria da produção do mercado livreiro destinada a crianças e jovens, produção que, mesmo sendo de livros, ainda assim não é de  literatura. Partimos, portanto, de uma diferenciação já estabelecida. Por qualidade em literatura entendo exatamente a mesma coisa para qualquer idade: riqueza de forma e riqueza de conteúdo. Especificando minimamente: texto inventivo, não linear, conteúdo vertical; pluralidade de interpretações possíveis; vários níveis de leitura; densidade; aderência. Da literatura não fazem parte: o lugar-comum, a frase feita, a história previsível, a linguagem infantilizante, a função didático moralizante” (COLASANTI, 2005, p.194 e 195).

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